
Pagar por uma compra usando um cartão de débito ou crédito, inserindo o cartão na maquininha, já é uma rotina para muitos brasileiros, mas a tecnologia sempre encontra uma maneira de facilitar mais o comércio, tornando a jornada mais fluída.
Com protótipos desde 1997, com o Speedpass da Mobil – um chaveiro que possibilitava aos motoristas o pagamento por aproximação de gasolina de seus carros, o pagamento por aproximação começa a ganhar destaque em 2001. 20 anos depois, a tecnologia está presente em grandes partes dos cartões, smartphones e smartwaches.
A praticidade, que economiza tempo de lojistas e clientes, é a justificativa para o sucesso. Segundo a Associação Brasileira de Empresas dos Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), no Brasil, o pagamento por aproximação cresceu 385% em 2021, somando R$ 198,9 bilhões em compras. Para esse ano, a Abecs estima que a aproximação deve responder por metade das transações com cartões.
O pagamento por aproximação é uma tendência consolidada e, principalmente, segura para uso em todo tipo de estabelecimento comercial. Todas as maquininhas da Bin já são habilitadas para aceitar essa tecnologia, como você pode conferir abaixo na entrevista com Liliane Mateus, gerente de Produtos Sr. da Fiserv no Brasil.
Bin – O que é o meio de pagamento por aproximação e quais suas vantagens?
LM – A transação por aproximação é uma forma de pagamento onde o usuário aproxima seu cartão, celular ou outro wearable com sua carteira digital na maquininha para fazer o pagamento de um produto ou serviço. Isso acontece sem a necessidade de inserir o cartão. Em poucos segundos, o cartão é reconhecido e, dependendo do valor, nem é necessária a senha para concluir a transação.
A principal vantagem de pagar por aproximação é a praticidade, e mais rapidez para efetuar o pagamento. Em um único movimento de aproximar o cartão do leitor da máquina, a transação é realizada em questão de segundos garantindo a venda. E todas as maquininhas da Fiserv aceitam pagamento por aproximação.
Bin – Há segurança nesse tipo de transação?
LM - Sim. A aproximação do cartão já é um meio de pagamento confirmadamente seguro. Todos os terminais da Bin estão de acordo com os padrões de segurança estabelecidos pelas bandeiras, além de seguir o padrão PCI – um dos padrões mais rígidos de certificação. A tecnologia de aproximação, por sua vez, passou por rigoroso processo de aprovação de segurança das bandeiras Visa, Mastercard e Elo.
Bin – Qualquer valor é aceito nesse tipo de transação?
Sim. O que varia é a necessidade ou não de senha.
Por padrão da Abecs, valores abaixo de R$ 200 não necessitam de senha e isso é o que usualmente ocorre. No entanto, cada emissor do cartão e carteira digital podem ou não solicitar senha para valores inferiores ou superiores, de acordo com seus critérios internos. Se a maquininha solicitar senha, basta o portador inserir e aguardar a conclusão da transação. O estabelecimento e o cliente não precisam se preocupar, pois é um processo automático e que dá segurança.
Bin – Quais são os próximos desafios do pagamento por aproximação? Como você vê o futuro da tecnologia?
LM – A indústria de pagamentos como um todo passa por uma transformação onde o principal desafio é aliar a experiência do cliente com a segurança através de uma tecnologia robusta. Os pagamentos por aproximação vêm cumprindo seu papel. Antes da pandemia, em janeiro de 2020, as transações por aproximação representavam apenas 2,3% das transações por cartão presenciais. Esse número evoluiu para 26,3% em dezembro de 2021 e a previsão é que ainda em 2022 a metade das transações sejam por aproximação. Esses dados são da Abecs. Especificamente sobre aproximação, o principal desafio no Brasil é ter uma maior penetração da tecnologia NFC (que permite as transações por aproximação) na base instalada de smartphones e de cartões. Os bancos começaram a acelerar a emissão de novos cartões com NFC com a pandemia, mas a troca da base instalada não é instantânea.
Quanto ao futuro dessa tecnologia, será cada vez mais ampliada e atrelada a meios digitais como super apps. Será também adotada por outros meios de pagamento como vouchers (alimentação, transportes etc.) e irá conviver com outros modos de captura como QR Code, que foi intensamente impulsionado com o Pix. Esses pagamentos digitais continuarão tomando as fatias de outros métodos tradicionais de papel moeda físico e de inserção de cartão.
Vemos no mercado também uma busca cada vez maior de inserir o pagamento na jornada do lojista, com a integração da venda aos seus sistemas de controle de estoque, emissão de nota fiscal e conciliação, com soluções simples para pequenos comércios até mais robustas e complexas para grandes corporações com omnicanalidade.
A Bin possui a tecnologia que permite outras instituições integrarem o módulo de pagamento por aproximação em seus próprios apps, que podem ser integrados a outros sistemas, além de um serviço completo ou modular de adquirência, com toda a segurança.